Paradigmas Humanista radical e Estruturalismo radical


Hoje finalmente encerro a série de textos sobre os paradigmas na análise organizacional na visão de Burrell e Morgan (1979). Neste post, abordo os paradigmas Humanista Radical e Estruturalista Radical, para ver as postagens anteriores clique nos links abaixo:



Paradigma Humanista Radical

De acordo com Burrell e o Morgan (1976), o paradigma humanista radical se assemelha ao interpretativo por possuir uma visão nominalista, anti-positivista, voluntarista e ideográfica, mas se diferencia do mesmo ao enfatizar a importância de transcender as limitações das ordens sociais existentes, uma prerrogativa da sociologia da mudança radical.

Uma concepção básica do paradigma é que a consciência do homem é dominada pela superestrutura ideológica com que ela interage, inibindo assim a verdadeira realização humana. Deste modo, os estudos dentro do  humanismo radical abordam elementos como a emancipação, modos de dominação, privação e potencialidade, oferecendo uma crítica ao status quo, ao demonstrar os constrangimentos que existem nos arranjos sociais que subjulgam o desenvolvimento humano.

Dentre os principais pensadores que suportam essa escola, Burrel e Morgan apontam os escritos do jovem Marx, Lukács, Gramsci, Escola de Frankfurt, especialmente, os trabalhos de Habermas e Marcuse.

Paradigma Estruturalista Radical

Diferentemente do paragima humanista radical, o estruturalismo radical  advoga a sociologia da mudança radical a partir de um ponto objetivista, balizados em uma postura realista, positivista, determinista e nomotética.

Os estruturalistas radicais também estão preocupados em demonstrar os constrangimentos aos indivíduos. No entanto, partem de análises que enfatizam o conflito estrutural, contradições e modos de dominação para explicar o papel das diferentes forças sociais na mudança social. Assim, com base na análise de contradições internas e das estruturas das relações de poder, os estruturalistas radicais explicam as mudanças sociais geradas a partir de crises e políticas econômicas.

Dentre os principais teóricos encontram-se Marx, Engenls, Plekhanov, Lenin and Bulharin, Althusser, Poulantzas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário