A discussão a cerca do plágio além de ser algo por si só digno de debate, trata-se de uma questão fundamental para duas categorias de temas que serão abertas aqui no blog, que são: fontes de informação e periódicos e normas de citação e elaboração de referências. Sendo assim, neste post tratamos algumas questões básicas sobre plágio.
O plágio é, em essência, um crime contra os direitos autorais e é previsto por lei. Segundo Vasconcelos (2006, p. 4), dentro da esfera acadêmica “o plágio é definido como a ‘apropriação ou imitação da linguagem, idéias ou pensamentos de outro autor e a representação das mesmas como se fossem daquele que as utiliza’”. Entretanto, o plágio não é um problema novo e nem circunscrito somente a atividade acadêmica, sendo ele relatado também nas esferas do entretenimento e na própria internet. Já existem softwares gratuitos disponíveis para verificação se um texto é plágio.
Na esfera acadêmica o plágio não se encontra restringido a uma determinada área do conhecimento, como demonstram Barbastefano e Souza (2007) e nem a um pais ou região (VASCONCELOS, 2006). De acordo com Vasconcelos (2006), diversos problemas envolvendo o plágio têm surgido a nível internacional devido a diferentes lógicas de se pensar os direitos autorais. No Brasil, o problema do plágio encontra-se tanto no nível de graduação (BARBASTEFANO; SOUZA, 2007) como na pós-graduação (FACHNI; DOMINGUES, 2008).
Barbastefano e Souza (2007) elencaram diversos motivos que envolvem o plágio, que são:
· Facilidade de acesso a informação
· Falta de capacidade para parafrasear, isto é, escrever uma redação com suas próprias palavras.
· Alunos dão pouco valor aos seus trabalhos
· Falta de análise crítica das fontes
· Incentivo ao plágio no ensino fundamental e médio
· Facilidade de acesso a programas de tradução
· Desconhecimento de regulamentações.
Uma das questões mais preocupantes em torno do plágio na academia refere-se ao fato dos alunos possuírem, apenas, um conhecimento intuitivo sobre o tema (BARBASTEFANO; SOUZA, 2007), o que diversas vezes torna a própria prática do plágio acidental. Nesse sentido, cabe esclarecer que o plágio se configura de duas formas principais (PLAGIARISM.ORG, 2010).
Primeiro, por qualquer forma de utilização de uma fonte sem dar o referido crédito. Independentemente de você copiar um único texto, trocar palavras, ordem das orações ou mesclar vários textos em único, não importa isso é plágio.
A segunda forma de plágio consiste na utilização das fontes, mas com as citações elaboradas de forma equivocada ou falta de paráfrase. Como exemplo temos a cópia literal de um texto em que se apresenta a fonte (autor), mas não identifica a citação literal com “aspas” e nem se apresenta o número da página.
Dessa forma, procure sempre quando for elaborar um trabalho acadêmico, por mais simples que seja observar as regras de citação e escrever com suas palavras, pois assim você poderá criar um bom hábito para desenvolver trabalhos científicos e enriquecer o seu vocabulário.
Para algumas dicas básicas sobre citação e fontes de informação você pode consultar o post:
Para mais informações sobre Plágio e dicas de como elaborar citações e paráfrase consulte:
O que você acha do plágio? Discorda sobre as razões que levam ao plágio? Deixe a sua opinião nos comentários.
Então é isso, até a próxima.
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Referências
BARBASTEFANO, R.G; SOUZA, C. G. Percepção do conceito de plágio acadêmico entre alunos de engenharia de produção e ações para sua redução. Revista Produção On Line, Florianópolis, ed. especial, dez. 2007.
FACHINI, G.J.; DOMINGUES, M.J.C.S. Percepção do plágio acadêmico entre alunos de programas de pós-graduação em administração e contabilidade. In: XI SEMEAD…Anais do XI SEMEAD…, São Paulo: São Paulo, de 28 e 29 de ago., 2008.
TYPES OF PLAGIARISM. Plagiarism.org. Disponível emhttp://www.plagiarism.org/plag_article_types_of_plagiarism.html. Acesso em 26/05/2010.
VASCONSELO. S. M. R. O plágio na comunidade científica: questões culturais
e lingüísticas. Ciência e Cultura (on line), v. 59, n. 3, jul./set. 2007, vol. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252007000300002&lng=pt&nrm. Acesso em: 26.05.2010.
FACHINI, G.J.; DOMINGUES, M.J.C.S. Percepção do plágio acadêmico entre alunos de programas de pós-graduação em administração e contabilidade. In: XI SEMEAD…Anais do XI SEMEAD…, São Paulo: São Paulo, de 28 e 29 de ago., 2008.
TYPES OF PLAGIARISM. Plagiarism.org. Disponível emhttp://www.plagiarism.org/plag_article_types_of_plagiarism.html. Acesso em 26/05/2010.
VASCONSELO. S. M. R. O plágio na comunidade científica: questões culturais
e lingüísticas. Ciência e Cultura (on line), v. 59, n. 3, jul./set. 2007, vol. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252007000300002&lng=pt&nrm. Acesso em: 26.05.2010.
Adorei o seu blog, repleto de informações importantes e todas elas descritas de maneira clara e objetiva. Vou começar a ler os posts passados, para me atualizar, e os futuros, também!! Muito obrigada por compartilhar os seus conhecimentos.
ResponderExcluirObrigado! Fique a vontade para sugerir temas.
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