Paradigmas Humanista radical e Estruturalismo radical


Hoje finalmente encerro a série de textos sobre os paradigmas na análise organizacional na visão de Burrell e Morgan (1979). Neste post, abordo os paradigmas Humanista Radical e Estruturalista Radical, para ver as postagens anteriores clique nos links abaixo:



Paradigma Humanista Radical

De acordo com Burrell e o Morgan (1976), o paradigma humanista radical se assemelha ao interpretativo por possuir uma visão nominalista, anti-positivista, voluntarista e ideográfica, mas se diferencia do mesmo ao enfatizar a importância de transcender as limitações das ordens sociais existentes, uma prerrogativa da sociologia da mudança radical.

Uma concepção básica do paradigma é que a consciência do homem é dominada pela superestrutura ideológica com que ela interage, inibindo assim a verdadeira realização humana. Deste modo, os estudos dentro do  humanismo radical abordam elementos como a emancipação, modos de dominação, privação e potencialidade, oferecendo uma crítica ao status quo, ao demonstrar os constrangimentos que existem nos arranjos sociais que subjulgam o desenvolvimento humano.

Dentre os principais pensadores que suportam essa escola, Burrel e Morgan apontam os escritos do jovem Marx, Lukács, Gramsci, Escola de Frankfurt, especialmente, os trabalhos de Habermas e Marcuse.

Paradigma Estruturalista Radical

Diferentemente do paragima humanista radical, o estruturalismo radical  advoga a sociologia da mudança radical a partir de um ponto objetivista, balizados em uma postura realista, positivista, determinista e nomotética.

Os estruturalistas radicais também estão preocupados em demonstrar os constrangimentos aos indivíduos. No entanto, partem de análises que enfatizam o conflito estrutural, contradições e modos de dominação para explicar o papel das diferentes forças sociais na mudança social. Assim, com base na análise de contradições internas e das estruturas das relações de poder, os estruturalistas radicais explicam as mudanças sociais geradas a partir de crises e políticas econômicas.

Dentre os principais teóricos encontram-se Marx, Engenls, Plekhanov, Lenin and Bulharin, Althusser, Poulantzas.

Avaliação do curso Gmat - Magoosh

O curso do Magoosh - Gmat possui um dos melhores custos benefícios dentre os cursos disponíveis no mercado. Por apenas 99 dólares, você tem acesso tanto ao conteúdo quantitativo quanto ao verbal. O acesso ao curso é de um ano. Como comentei neste post aqui, eu comprei o curso do Magoosh como parte da preparação para minha segunda tentativa. Enfim, vamos a avaliação.

A plataforma do Magoosh é dividida em dashboard, lições, exercícios, revisão e recursos.

No dashboard você tem a recomendação de algumas lições, a quantidade de exercícios que você ainda não realizou e o resumo do seu desempenho até o momento. Depois que você respondeu 50 questões em cada seção, a plataforma calcula uma faixa de score para você. Essa estimativa é atualizada na medida em que você realiza mais exercícios na plataforma.


Na seção lições, você tem acesso a vídeos introdutórios ao GMAT, dicas para seção quantitativa, explanação sobre todos os conteúdos quantitativos e da parte verbal, IR e AWA.


As lições são vídeos que variam de 2 a 12 minutos de explicação sobre um determinado tópico. O tempo do vídeo depende da complexidade do assunto tratado. No player, você pode configurar a velocidade da fala em 4 velocidades diferentes e ainda acompanhar o texto escrito da lição.


Os conteúdos de Matemática e Sentence Correction são explicados pelo Mike McGarry que é excepcional. O conteúdo de matemática pela forma que ele é organizado e explicado serve tanto para novatos com pouca base de matemática até para os mais experientes. Durante os vídeos, ele comenta e demonstra como aquele determinado tipo de conteúdo é testado no Gmat. A mesma coisa sobre o curso de sentence correction. Infelizmente, as lições de critical reasoning não é do mesmo nível das de sentence correction e matemática. Tudo bem que o conteúdo por si só já é mais complicado de ser abordado.

Os exercícios disponíveis no Magoosh são bons. Alguns são puramente conceitual, no sentido que só serve para verificar se você compreendeu o conceito ou não, outros similares ao do Gmat e uma pequena parte mais difícil que as próprias questões do Gmat. Isso vale tanto para questões da seção quantitativa quanto para parte verbal. Um ponto positivo da plataforma é a possibilidade de escolher o conteúdo que você quer trabalhar no exercício. Por exemplo, você terminou de assistir os vídeos de aritmética, então você pode tentar uma seção de exercícios só de aritmética para testar o seu aprendizado. Além disso, toda questão possui uma explicação em vídeo e em texto sobre a resolução da questão e quais vídeos de conteúdo auxiliam na resolução da questão, facilitando assim a revisão em caso de erro.



Ao final das seções de exercícios e acessando a aba revisão, você pode consultar o seu desempenho na sua última seção de treino, nos últimos sete dias entre outros. Além disso, você pode conferir o seu desempenho de acordo com o nível da questão ou conteúdo.


Em recursos, você encontra informações sobre o planos de estudos, o ebook do Gmat e os flashcards de matemática e de idioms. Esses recursos são gratuitos e você pode acessá-los clicando aqui
Você pode acessar a plataforma do Magoosh também pelo aplicativo para smartphone e tablet.

A minha experiência com o curso do Magoosh foi bastante positiva, especialmente na área quantitativa e no sentence correction. Sem dúvida, foi um dos melhores investimentos que fiz na minha preparação para o Gmat.

Então é isso, até a próxima.

Os editores falam: Como fazer uma boa avaliação! - parte 3

Retomando as dicas dos editores sobre como contribuir no papel de revisor, publicado originalmente no  Orgtheory.net, e traduzido livremente por mim.

Greta Hsu - Editora associada, Management Science



Uma boa avaliação tem dois objetivos. O primeiro objetivo é auxiliar a decisão do editor sobre o manuscrito. O segundo objetivo é auxiliar o autor compreender como melhorar o artigo. Para ambos, é importante ter uma estrutura clara de avaliação. Seja claro sobre o que você acredita ser os principais problemas e que pontos possuem uma importância menor comparativamente.  Ter algum tipo de organização lógica (ao invés de simplesmente seguir a ordem em que você tomou consciência dos pontos)  auxiliará tanto o editor quanto o autor a digerir adequadamente as questões que você está tentando levantar. E se atente para quais preocupações você tem que surgiram da avaliação conteúdo x estilo (esse último deve provavelmente ser relegado para uma seção "mais pequenos pontos" da sua revisão).

Em termos do segundo objetivo - auxiliar o autor - tente ser o mais construtivo e profissional possível. Se você acredita existir caminhos potenciais de resolver o problema que você levantou, então ofereça uma orientação de como fazer isso. Se você pensa que o plano estabelecido no artigo é muito limitado, ofereça ideais sobre outras literaturas ou estudos que o autor poderia ler. Mesmo se o artigo é rejeitado, é muito mais provável que ele seja melhorado através do processo de avaliação se você fornecer uma avaliação concreta de uma forma profissional. 

Jerry Jacobs - Antigo editor, American Sociological Review



Alguns pensamentos rápidos. Parece-me que a tarefa do avaliador realmente depende da qualidade do manuscrito. Existem alguns manuscritos que são realmente fracos. Isso é, algumas vezes, bastante claro para todos os envolvidos (exceto para os autores certamente). Nestes casos, a revisão deve deixar evidente a principal fraqueza do artigo, porém de forma gentil e construtiva. O revisor deve reservar qualquer palavra pesada para seção reservada ao editor. A revisão não tem que ser muito longa. Ela não deve ser uma lista de todos os artigos que o avaliador gostaria de ver.

O próximo passo é o manuscrito que provavelmente não vai ser aprovado no periódico em questão, mas que provavelmente deve ser publicado em algum lugar. Novamente, a revisão deve enfocar as principais fraquezas e limitações.  Muitas vezes os revisores focam em problemas de digitação, estilo de escrita, o tamanho do manuscrito ou outros problemas que nem sempre tocam na questão central, que é se o artigo em questão faz uma contribuição e, se sim, como seus pontos positivos podem ser reforçados e as fraquezas minimizadas.

Realmente artigos bons frequentemente extraem revisões longas que elaboram como o manuscrito pode ser melhorado em "zilhões" de forma. O revisor pode ter alguma diversão aqui, porém somente o contato do editor pode colocar os comentários em perspectiva e não fazer demandas despropositadas para o autor. Novamente, o objetivo é auxiliar trazer o melhor do manuscrito, para ter certeza que o artigo apresenta a argumento atraente com evidências suficientes.

Então é isso, até a próxima.

Dicas de estudo para o Toefl IBT

O Toefl IBT é um teste que mede a sua capacidade de compreender e de usar o Inglês no ambiente acadêmico. O teste é dividido em quatro partes: reading, listening, speaking and writing. Geralmente, o Toefl é um dos pré-requisitos  quando se aplica para processos seletivos de graduação, mestrado e doutorado no exterior. A nota exigida varia de instituição para instituição, por isso certifique-se qual o desempenho mínimo que você deve obter no overall score e em cada seção da prova. Abaixo, eu listei alguns dos recursos que eu utilizei para me preparar para o teste e que eu recomendo.

Listening practices


Esses três canais do youtube ToeflNation, GGothica e Ouliogroove possuem atividades que são praticamente idênticas as que você encontra na prova. Veja um exemplo do ToelfNation.



Além dos vídeos no youtube, existem vários apps para smartphone que possuem listening practices. O melhor deles na minha opinião é o TOEFL Listening Comprehension da NhatVM Education. Além de dezenas de conversações e aulas ao final de cada audio você pode testar a sua compreensão sobre o texto respondendo as questões.



Speaking practices


Na minha opinião, essa atividade é a mais difícil de se preparar, pois é muito complicado simular o ambiente e o procedimento do teste. Além disso, em algumas questões o vocabulário pode ser bastante específico. Por isso, eu recomendo que você procure os vídeos sobre speaking do Notefulldotcom. Nos vídeos sobre speaking, eles destrincham a estrutura do que você irá ouvir nos comandos de speaking e a estrutura básica da resposta. Exemplo abaixo. Sabendo o que você irá ouvir, ficará muito mais fácil de tomar nota das informações relevantes e assim caprichar na sua resposta. Uma outra dica é aproveitar o tempo em que as instruções estão sendo faladas para montar a estrutura do que você precisa tomar nota na hora da prova.


Writing practices


Eu montei um arquivo em excel para "sortear" os temas da segunda tarefa do writing. Você pode baixá-lo clicando aqui. Fora isso, o segredo é: escreva e escreva muito! Depois de escrever, pegue o seu texto oração por oração e análise: subject-verb agreement, verb tense, modifiers, parallelism, comparison, idioms e logical meaning. Da trabalho fazer isso, mas é a única forma de você aprimorar a sua escrita e internalizar essas regras básicas.

Reading practices


Leia, leia muito. Recomendo a leitura do The New York Times, The Atlantic Monthly e qualquer site que divulgue science news. Além disso, eu recomendo a leitura do blog da Magoosh sobre o toefl que possui dicas valiosas sobre a prova.

Obviamente o pressuposto em cada uma das dicas é que você treinará muito. Quanto menor for o seu contato com o inglês mais você deve se dedicar para aprimorar as skills que serão avaliadas no teste. Por fim, não superestime as suas habilidades, é mais prudente reconhecer a limitação das nossas habilidades e trabalhar duro para melhorarmos do que pressupor o contrário e jogar fora 215 dólares.


Então é isso, até a próxima.

Avaliação do Curso E-GMAT Verbal online

O E-gmat é uma empresa que oferece cursos preparatórios focados para não nativos. Para saber mais sobre o Gmat leia esse texto: O que é o Gmat?. Dentre as opções de cursos de verbal disponível - online e live prep, eu escolhi o verbal online basicamente devido ao preço 150 dólares mais barato.
O curso verbal online é dividido pelos três tipos de questões da prova: sentence correction, critical reasoning e reading comprehension. Você tem a opção de realizar um teste de diagnóstico para verificar o seu desempenho.


Cada seção é separada por módulos organizados seguindo alguns pré-requisitos. Por exemplo, você só pode estudar o conteúdo de comparação se já tiver alcançado uma certa nota no módulo de paralelismo. Esses pré-requisitos estão presentes tanto no curso de sentence correction como no de critical reasnoing.
Nas vídeo aulas dos módulos, o E-gmat privilegia a utilização de elementos gráficos para explanação e ilustração dos conceitos, sejam eles de gramática ou de raciocínio lógico, e da aplicação desses conceitos na resolução das questões. Veja o exemplo abaixo.

Ao final de cada módulo, você poderá fazer exercícios e verificar o seu entendimento sobre os conceitos e as estratégias recomendas pelo E-gmat para resolução dos exercícios. Praticamente, todas as questões do E-gmat são complicadas e realmente testam o seu domínio dos conceitos.
Além das questões que você responderá ao final do módulo, o E-gmat possui o  Scholaranium, uma plataforma muito bem elaborada para o acompanhamento dos seus pontos fortes e fracos. Eu não tive a oportunidade de trabalhar muito com a plataforma, pois ela foi implementada somente no final do meu período de acesso.

O único ponto negativo na minha opinião são algumas questões de Critical Reasoning que possuem como resposta uma alternativa que pressupõe um determinado conhecimento do assunto, mas é extremamente difícil simular adequadamente as questões do Gmat.

Atualmente, o E-gmat também oferece cursos para seção quantitativa, porém eu não tenho nenhum tipo de experiência com eles para fazer uma avaliação. Você pode fazer uma conta trial para assistir algumas aulas e responder algumas questões de quant e de verbal no Scholaranium

Eu aprendi muito sobre a gramática no E-gmat, e até hoje utilizo as notas que tomei no curso quando estou escrevendo um texto. Resumindo, se você precisa desenvolver uma base sólida sobre os fundamentos da gramática, sua utilização e de raciocínio lógico, o E-gmat é, sem dúvidas, um bom investimento.

Todas as imagens foram retiradas da própria plataforma e reproduzidas com consentimento do  E-gmat.

.Então é isso, até a próxima.

Os editores falam: Como fazer uma boa avaliação! - parte 2

Retomando as dicas dos editores sobre como contribuir no papel de revisor, publicado originalmente no  Orgtheory.net, e traduzido livremente por mim. Quatro anos depois, vamos a segunda parte.

Tim Pollock - associate editor, Academy of Management Journal

Existem muitas coisas que entram na realização de uma avaliação de desenvolvimento de alta qualidade. E escrever este tipo de avaliação auxilia não somente outros pesquisadores a desenvolverem o seu trabalho mas também ajuda você a melhorar sua própria pesquisa pelo aperfeiçoamento de como você pensa sobre e aborda o seu manuscrito. Eu tento sumarizar o que eu penso ser os principais pontos do que fazer e do que não fazer abaixo. AMJ também oferece recursos substanciais para revisores no seu website. Além de descrever o que entra em uma boa revisão, o site oferece exemplos de revisões escritas por cada um dos seus editores. Todos os macro e micro editores revisaram o mesmo macro e micro manuscrito, respectivamente. Embora eles variem em alguma extensão na forma e nos pontos enfatizados, juntos eles oferecem exemplos concretos do que nos poderíamos considerar o tipo de avaliações de desenvolvimento de alta qualidade que nós gostamos de receber.

O que fazer e não fazer.

Atenha-se as principais questões - Particularmente nas primeiras rodadas de revisão é melhor se concentrar sobre seis a oito pontos ou questões que você tenha sobre o manuscrito. Se o paper recebe a R&R poucas coisas são prováveis de mudar, assim não é valioso gastar tempo com isso agora. Revisões longas com 40 pontos não ajudam os autores nem os editos, e elas não impressionam os editores com a sua perspicácia. De duas a quatro páginas, com espaçamento simples e fonte 12 já é longa o suficiente.

Contribua - bons revisores sugerem soluções para os problemas levantados. Somente dizer, "isto é ruim, isto está errado, Eu discordo disso, por que eu deveria me importar..." não auxilia de modo algum os autores. Dizer a eles o que solucionaria o problema para você ajuda. Se você não pode apresentar uma solução viável, você deve reconsiderar se você está fazendo uma crítica válida, ou sendo muito negativo. Toda pesquisa tem fraquezas. A questão é, são essas fraquezas fatais, solucionáveis ou somente inerentes a teoria ou abordagem metodológica empregada e então nada do que o autor possa fazer, porém deveria estar atento quando realize inferências e reivindicações.

Organize sua revisão de acordo com a importância das questões - Se você organiza sua revisão de acordo com a importância das questões ao invés da organização do artigo, sua revisão terá uma utilidade muito maior para os editores e autores. Dessa forma, nós saberemos sobre o que você está mais preocupado, e os autores sabem onde dedicar seus esforços. No mínimo, destaque explicitamente quais pontos são os principais.

Comece de um lugar bom - Se você aborda a avaliação assumindo que rejeitará o manuscrito certamente você irá, pois você focará primariamente nas informações que confirmam suas expectativas. Como avaliador, quando eu começo ler um artigo eu assumo que darei um R&R a menos que os autores me convençam do contrário. Essa abordagem me deixa aberto para os pontos positivos do artigo e os aspectos potencial que podem ser desenvolvidos, e que podem desaparecer se você está olhando somente as razões para rejeitar o texto. Pode ser que não demore muito para os autores me convencerem a rejeitar seus artigos, porém eu também vi alguns potenciais que precisam ser polidos porquê eu estava aberto para vê-los.

Dialogue - sua revisão deve ser um diálogo com os autores. Se dirija diretamente a eles. Não fale sobre eles a partir da  terceira pessoa. Nas notas, você não precisa resumir do que o artigo se trata, pois os autores já sabem disso, e dos editores também.

Seja gentil - Comentários, especialmente os negativos, são bastante difíceis de lhe dar. Não esfregue sal na ferida ou seja desagradável. Mantenha o foco das suas críticas sobre o trabalho, não nos autores, e evite ser desnecessariamente crítico, com insultos ou coisas do gênero. Também tente encontrar algo bom para dizer sobre o estudo.

Numere seus pontos - É muito difícil para os editores anotar comentários específicos dos revisores se eles não numerados. Por favor, enumere todos os seus pontos.

A Análise de Redes

A Análise de Redes é uma interessante "ferramenta" para explorar os relacionamentos em vários níveis de análise ou domínios sociais, como fazem Padgett e Powell (2012).

A seguir um pequeno vídeo realizado pelo John Scott, uma das autoridades na análise de redes e autor do livro Social network analysis: a handbook, apresentando a Análise de Redes Sociais


Então é isso, até a próxima.

O que é o GMAT?

Aplicado pela Graduate Management Admission Council (GMAC), o Graduate Management Admission Test (GMAT) é um teste padronizado requisitado pelas escolas de negócio (business school) como parte do processo de seleção da pós-graduação (MBA e Doutorado). Poderíamos dizer que o Gmat funciona como o Teste Anpad funciona para os processos seletivos aqui no Brasil. Embora possam desempenhar um papel semelhante no processo de seleção, eles não poderiam ser mais diferentes.

O Gmat é composto de quatro partes.

  1.  AWA Analytical Writing Assessment – 30 Minutos e nota de 0 a 6.
  2. Integrated Reasoning – 30 minutos, 12 questões e nota de 1 a 8.
  3. Quantitative Section – 75 minutos, 37 questões e nota de 0 a 60.
  4. Verbal Section – 75 minutos, 41 questões e nota de 0 a 60.


Você receberá uma nota e seu respectivo percentil para cada uma dessas quatro partes e também uma nota geral, o GMAT SCORE com notas variando de 200 a 800. Veja os scores e seus percentis aqui.

O teste é realizado em um computador conectado a internet em um centro autorizado pela Person. Você pode acreditar que o Inglês é a principal diferença com o teste anpad, porém não é.  O Gmat é um CAT (Computerized AdaptiveTesting), o que significa que o nível de dificuldade dela se adapta de acordo com o seu desempenho e  as questões são agrupadas de acordo com o nível de dificuldade (Abaixo de 600 – fácil, 600-700 – médio, acima de 700 – difícil). 

O Cat funciona da seguinte forma:

1 – Você recebe uma questão fácil e acerta. Na sequência você pode receber novamente uma questão fácil ou uma média.
2 – Se você acerta a próxima questão então provavelmente a terceira questão será do nível médio, se você errar com absoluta certeza você receberá uma questão fácil novamente.
Você só receberá as questões difíceis e que possuem um peso maior para alcançar um Gmat Score elevado se você acertar várias questões em sequência ou não errar muitas questões seguidas, por isso, o gerenciamento do tempo é tão fundamental no Gmat, mas isso é uma questão para outro post.

Quais os motivos que levam os programas a avaliarem você pelo Gmat?


Em minha opinião dois motivos se sobressaem.

Primeiro, o Gmat não mede o seu conhecimento de inglês ou seu conhecimento quantitativo. O Gmat tem por objetivo o modo pelo qual você toma decisão.
ahñ?!?! Como assim? Você deve estar se perguntando. Mas é isso mesmo, eu não escrevi errado e falarei sobre esse assunto em outro post. O que você precisa saber agora é que às vezes uma questão de matemática no nível hard envolve tanto cálculo que dificilmente você chegará à resposta em dois minutos ( e os examinadores sabem disso), porém podem existir atalhos (estimativas, resolução reversa etc) permitindo a resolução em dois minutos; ou você pode apenas chutar a resposta e partir para próxima. Por mais incrível que pareça, o Gmat é mais sobre sua capacidade de identificar, avaliar e escolher entre caminhos conflitantes do que de conhecimento.

Segundo, as escolas de negócio recebem aplicações de candidatos de diferentes partes do mundo, e um dos critérios nesse processo de seleção é o GPA do candidato. No entanto, o ensino de cada instituição e país pode ser mais ou menos “puxado”, assim um candidato com nota 9 pela instituição X do país Y poderia não alcançar tal nota em uma instituição americana.

Então, o Gmat auxilia a corrigir esses problemas já que:

  • Alto GPA + Alto Gmat Score = Candidato “forte”.
  • Alto GPA + baixo Gmat Score = Candidato “regular ou fraco” (dependendo do score do Gmat).
  • Baixo GPA + Alto Gmat Score = Candidato precisa se explicar muito bem o motivo do GPA ser baixo e não deveria ser levado em consideração.


Por isso, um bom score no gmat ajuda e muito a melhorar a maneira como a comissão avalia o seu GPA.

Você pode tirar qualquer dúvida sobre o Gmat no endereço www.mba.com.

Nos próximos posts falarei sobre a minha experiência de estudos para o Gmat , reviews de serviços que utilizei e dicas de vídeos e textos que me ajudaram a sair de 420(16%) e conseguir 660(80%).

Então é isso, até a próxima.

Dica Teste Anpad #1

Um dos tópicos mais pesquisados no Administração e Organização é como estudar para o Teste Anpad, a partir dessa postagem eu pretendo apresentar algumas dicas de como resolver alguns tipos de questões. Provavelmente, adicionarei aqui no blog uma postagem ou outra sobre o GMAT também.

A "dica" de hoje serve tanto para o Teste Anpad como para o GMAT. Ela é bem simples, mas pode economizar um bom tempo da sua prova.

Algumas questões de álgebra podem consumir um tempo razoável quando lidamos diretamente com a incógnita. A questão a seguir caiu na última prova que fiz.



Por meio da resolução normal, você deveria primeiro aplicar o foil em cada parte da questão e depois simplificá-la para verificar qual a resposta.
Entretanto, aplicando a tática do "plug and play" a resolução fica fácil e rápida. Vamos lá.
Primeiro, substituímos a variável "x" por 2. Assim temos:

(2*2+1)^2 - (2*2-1)^2 / (2-1)^2 + 2(2-1)+1

Resolvendo a questão:

5^2 - 3^2 / 1^2 + 3
25 - 9 / 1+3
16/4
4

Depois, aplicamos o 2 em todas as alternativas para descobrir qual alternativa fornece o mesmo resultado final.

(a) 8/2 = 4
(b) 2/2^2 = 1/2
(c) 2/ 2^2+2*2-2 = 2/4+4-2 = 2/6 = 1/3
(d) 8 * 2^2 + 2 / 2^2 = 8*4+2 /4 = 34/4
(e) 0

Dado os resultados, a alternativa correta é a letra A.

Então é isso, aguarde mais dicas em um próximo post.

Crise financeira, reforma bancária e o futuro do capitalismo por Huerta de Soto


Depois de um ano sem postagem, estou retomando novamente o blog, que passará abordar também alguns temas de economia. Sendo o post de hoje o primeiro deles. No vídeo abaixo, o professor Huerta de Soto explica as origens da crise financeira que assolou o mundo em 2008 e apresenta a sua proposta de reforma do sistema bancário. É longa, mas vale muito a pena.




O professor Huerta de Soto é autor do livro Moeda, CréditoBancário e Ciclos Econômicos em que aborda historicamente, conjugando direito e economia, a formação do sistema de reserva fracionária e dos bancos centrais pilares do atual sistema financeiro. Você também pode acessar mais artigos do professor Huerta de Soto nesta página do Instituo Mises Brasil

Então é isso e até a próxima.

Achou o texto interessante? Então aproveite para assinar o newsletter e receber as novas atualizações do blog por e-mail clicando aqui